terça-feira, 17 de junho de 2008
hummm...
Aquela que senta num canto do bar, e pede absinto, observa todos ao seu redor, toda a alegria que envolve a maioria delas, depois de cabeça baixa ela apenas olha fixamente para seu copo com aquele doce veneno que ela tanto deseja. Ela olha como se estivesse procurando alguma resposta, uma justificativa para suas dores,suas angustias,duvidas... o motivo de tudo ela sabia,mas só o motivo não bastava,ela queria encontrar um pouco de solidez para justificar os atos.Ainda é tudo muito novo,latente,as feridas ainda estão em carne viva.Ela se volta mais uma vez pras pessoas no bar e percebe neles a alegria,as cores tão vivas que saem delas,no entanto,ela mesma não consegue encontrar a felicidade,não existem radiações de cores vivas saindo de sua alma.Ela não sente motivação pra nada...apenas vive,sobrevive como um zumbi...Seus olhos são de apatia, o peso que ela carrega é a melancolia. Seus pensamentos, lembranças dão voltas na sua mente, seu mundo está temporariamente cinza, sombrio, sem vida... sua alma está cheia de tudo o que está acontecendo,está dolorida,ferida,angustiada...seu corpo não suporta mais tantos sentimentos,tantas emoções (muitas delas contraditórias),então ele transborda,as lagrimas caem na mesa,elas são um desabafo silencioso,elas aliviam o peso da emoções.Naquele momento a única cosia que lhe resta é o doce veneno do absinto,é ele a fuga que ela procura,é com ele que ela conversa,é ele tudo que ela quer naquele momento.Ela o bebe devagar,apreciando cada gole,curtindo o prazer,mesmo que passageiro que ele lhe dá,mas é apenas esse prazer tudo que ela busca naquele instante tão solitário.Ela precisa disso,precisa estar só,precisa pôr tudo em ordem dentro dela, só assim ela poderá se refazer,se ergue e começar a colorir o seu mundo,a se encher que esperanças verdadeiras e não de ilusões vãns, assim aos poucos sua vida terá um sentido real de novo e embora ainda sofra ,ela saberá mesmo assim ainda está viva e que suas feridas vão cicatrizar....
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