Os heróis insistem em declarar juras que escondem seus desejos secretos, inconstantes e indecisos. Eles insistem em discursar longamente sobre seus valores e méritos, sobre tudo que os torna dignos de mulheres igualmente languidas e sem vontade própria
Eles seguem cavalgando seus corcéis brancos, atormentando nossos sonhos, fazendo de nós prêmios e nos arrastando para os seus jogos de honradez, decência, e gloria, jogos feitos pra boas meninas, submissas e amélias.
Mas de que adianta ser boa menina, se não se pode falar o que se quer? É melhor fazer o próprio caminho, andar de cabeça erguida, conquistar os próprios castelos, seduzir o herói...
Resolvi promover uma anarquia de mim mesma, de coração... Das marcas latentes, da memória traiçoeira... Vou me anarquizar! Sair por sair, seduzir o herói pra ver a história ter outro rumo... Porque não sou o tipo de mulher perfeita que espera sempre o socorro do herói, não quero o herói que vai me salvar de apuros, quero o herói que vai me acompanhar mesmo eu estando em risco...
A mocinha que tanto se idealiza não existe em mim, o que existe em mim é uma mulher que algumas vezes pela forma marcante de se impor assusta mulher que não sangra suas mágoas assim tão fácil, que percebe a cada dia que tem que ir a busca de seduzir o herói que veste a máscara de vilão...
Raquel Rocha e Emilson Lopez
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